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ACM apoia frequência universitária de jovens de etnia cigana

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ACM apoia frequência universitária de jovens de etnia cigana
Na qualidade de entidade gestora do Programa Escolhas, o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) assinou, no dia 13 de fevereiro, um protocolo de cooperação com Associação Letras Nómadas, que prevê a atribuição de oito Bolsas de Estudo Universitárias a jovens da comunidade cigana que, estando a frequentar o ensino superior, se encontram em risco de abandono deste ciclo de ensino devido a dificuldades financeiras.
Esta iniciativa surge na sequência de um pedido da Associação Letras Nómadas e do projeto Opré Chavalé, promovido por Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e cofinanciado pelo Programa Cidadania Ativa EEAGrants, gerido pela Fundação Gulbenkian.
A sessão de hoje contou, entre outros, com a presença da Diretora do Programa Escolhas, Luísa Malhó, do representante do Programa de Desenvolvimento Humano da Fundação Calouste Gulbenkian, Hugo Seabra, da Presidente da Associação Letras Nómadas, Olga Mariano e ainda de oito jovens bolseiros que receberam o seu diploma e puderam deixar um testemunho pessoal sobre os seus percursos académicos.
Cátia, vinda de São Brás de Alportel, estudante do curso de Educação Social, referiu as várias dificuldades que teve para progredir nos estudos e sublinhou “a importância de, como mulher pertencente à etnia cigana, ter conseguido chegar até ao ensino superior” o que representa para si “um grande orgulho” e um passo que espera a leve a poder dar um “contributo ao país”.
José Fernandes, que está a estudar eletrónica na Escola Náutica Infante D. Henrique, agradeceu estar “a crescer como pessoa” e a ser ajudado a estudar o que, afirma, “é muito difícil para um cigano”.
Teresa, a frequentar o curso de Direito, confessou que não queria ir para a faculdade, mas foi ajudada a acreditar que seria capaz e diz que “está a correr bem e que afinal não é tão difícil como receava”.
Tânia, estudante de animação socioeducativa em Coimbra, confessa que “está a viver um sonho tornado realidade” e conta que “só quem é do meio cigano é que sabe os obstáculos” que teve de passar. Agradeceu as bolsas, reconhecendo que “este é um percurso que não é fácil”, mas afirmou também que “espera poder inspirar outros jovens, nomeadamente outras raparigas”, a seguirem os seus passos.
Em nome do Escolhas, Luísa Malhó reafirmou a disponibilidade do Programa para continuar a colaborar e apoiar este tipo de iniciativas, lembrando o início iminente da 6ª geração, na qual diversos projetos estarão no terreno a trabalhar com diversas comunidades ciganas.
Para Olga Mariano, este é um dia memorável para a Associação Letras Nómadas, que começa agora a ver os frutos de “um caminho que não tem sido fácil” mas que acredita que irá continuar a prazo, junto de cada vez mais jovens rapazes e raparigas.
Hugo Seabra, em representação do Programa de Desenvolvimento Humano da Gulbenkian afirmou que a Fundação quer continuar a apoiar o acesso dos jovens ciganos ao ensino superior e congratulou-se com a presença de tantas estudantes raparigas, uma novidade que considerou muito positiva.

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